Aspirante a jornalista sai pelas ruas do bairro do Butantã, redondezas da Universidade São Judas Tadeu, em busca de algo interessante para escrever uma pequena matéria. Um exercício do curso que parecia simples, após alguns “nãos” mudou de figura, o que não desanimou seu espírito de aprendiz.
Saiu entusiasmado e logo parou para tentar convencer um senhor que varria a calçada da faculdade, cantando com uma tranqüilidade sem igual. Aborda-o, explica do que se trata e pede poucos minutos de atenção para “algumas perguntas”. O cidadão que cantava se calou imediatamente e com muita timidez, quase fugindo, desculpou-se e recusou ajudá-lo.
O garoto agradece e não desiste. “Era só o primeiro”; continuou sua caminhada e lembrou-se de uma banca de jornal que chamava sua atenção pelas revistas desbotadas na vitrine, a pouca quantidade de produtos no comércio e o fato de que lá não é vendido nenhum tipo de cigarro.
Aproxima-se cordialmente do senhor sério, que o olhava com desdém, e novamente é recebido com um não. Dessa vez, o motivo era de que o comerciante se disse “novo nessa região” e não tinha “nada para falar”.
Já iniciando seu processo psicológico de preocupação, agradeceu e saiu em busca de outra fonte.
Avista a lanchonete “Os Cobras” e percebe a placa que informa a fundação do pequeno restaurante: “desde 1935”. Os olhos brilharam, entrou com a pauta pronta, em mente; “Será que ainda é do mesmo dono? Ele está ai? Só trabalham familiares? Como era a região quando o restaurante foi criado?”.
Entrou com um sorriso no rosto, se identificou da melhor maneira possível e a “Dona Maria” lamentou não poder ajudá-lo “porque tinha faltado uma funcionária e ainda estava temperando os bifes do almoço”. O estudante, cometendo um erro de ética da profissão, insiste com sua abordagem, pois não queria perder sua matéria. Mais uma tentativa em vão, só piorou sua imagem e saiu novamente para a rua com a conclusão de que não poderia assumir a postura errônea em uma, possível, nova oportunidade.
Desanimado e inseguro não conseguiu nenhum personagem disposto a colaborar com o seu trabalho, mas voltou satisfeito, pois aprendeu que o ofício não é tão simples quanto parece. Seu laboratório o fez perceber que, na verdade, ele foi o personagem da história.
Voltando para a sala, feliz com a experiência, suspirou: “nem sempre o mar está para peixe” e sentou-se pensando que o importante é não desistir.
Saiu entusiasmado e logo parou para tentar convencer um senhor que varria a calçada da faculdade, cantando com uma tranqüilidade sem igual. Aborda-o, explica do que se trata e pede poucos minutos de atenção para “algumas perguntas”. O cidadão que cantava se calou imediatamente e com muita timidez, quase fugindo, desculpou-se e recusou ajudá-lo.
O garoto agradece e não desiste. “Era só o primeiro”; continuou sua caminhada e lembrou-se de uma banca de jornal que chamava sua atenção pelas revistas desbotadas na vitrine, a pouca quantidade de produtos no comércio e o fato de que lá não é vendido nenhum tipo de cigarro.
Aproxima-se cordialmente do senhor sério, que o olhava com desdém, e novamente é recebido com um não. Dessa vez, o motivo era de que o comerciante se disse “novo nessa região” e não tinha “nada para falar”.
Já iniciando seu processo psicológico de preocupação, agradeceu e saiu em busca de outra fonte.
Avista a lanchonete “Os Cobras” e percebe a placa que informa a fundação do pequeno restaurante: “desde 1935”. Os olhos brilharam, entrou com a pauta pronta, em mente; “Será que ainda é do mesmo dono? Ele está ai? Só trabalham familiares? Como era a região quando o restaurante foi criado?”.
Entrou com um sorriso no rosto, se identificou da melhor maneira possível e a “Dona Maria” lamentou não poder ajudá-lo “porque tinha faltado uma funcionária e ainda estava temperando os bifes do almoço”. O estudante, cometendo um erro de ética da profissão, insiste com sua abordagem, pois não queria perder sua matéria. Mais uma tentativa em vão, só piorou sua imagem e saiu novamente para a rua com a conclusão de que não poderia assumir a postura errônea em uma, possível, nova oportunidade.
Desanimado e inseguro não conseguiu nenhum personagem disposto a colaborar com o seu trabalho, mas voltou satisfeito, pois aprendeu que o ofício não é tão simples quanto parece. Seu laboratório o fez perceber que, na verdade, ele foi o personagem da história.
Voltando para a sala, feliz com a experiência, suspirou: “nem sempre o mar está para peixe” e sentou-se pensando que o importante é não desistir.
9 comentários:
Silvinho,
Que bacana essa experiência. Achei muito bom os seus questionamentos éticos. Isso é a grande diferença.
Claro que pode linkar o livro e publicar o post!
Abraços e se cuida.
Silvinho, esse texto está ótimo!
Pude te acompanhar e vi(ver) cada situação. Muito bem escrito, parabéns! :o)
Um beijo!
Fácil como parece, não é mesmo. Mas o legal é quando você descobre umas puta histórias e escreve numa tacada só. Depois, vai ler e fala: eu sou foda! Boas pescarias aê, farsante!
SILVINHO, SILVINHO!
PRECISO DO SEU E-MAIL CARA!
OLHA, VC INSPIRA COM ESTES SEUS TEXTOS MOÇO! TÁ NA MAIOR PEGADA LEGAL!
É O SEGUINTE, NÃO SEI SEU E-MAIL E PERDI SEU TELEFONE, E EU QUERIA ENTRAR EM CONTATO COM VC POIS VOU FILMAR UM DOCUMENTÁRIO ENTRE JULHO/AGOSTO E QUERIA SABER SE VC NÃO QUER PARTICIPAR.
TÔ MONTANDO UMA EQUIPE "PRA ONTEM", VOU PRECISAR DE GENTE ASSIM COMO VC, "INSPIRADA" E JORNALISMO/CINEMA/DOCUMENTÁRIO TÊM TUDO A VER.
MAS O ORÇAMENTO NÃO É BAIXO É "ZERO"
PORTANTO "NO MONEY"... :S
QUERO SABER SE VC TÁ AFIM.
QQR COISA ME MANDA UM E-MAIL: m_alves24@hotmail.com
OU LIGA DIRETO: 94294-6446
bj bj
AH... O TRABALHO SERIA PARA FOTOGRAFAR E REGISTRAR POR ESCRITO TODO O PROCESSO FÍLMICO DO DOCUMENTÁRIO, PROVAVELMENTE NUM FIM DE SEMANA INTEIRO, SE VC TIVER INTERESSE E DISPONIBILIDADE, SERÁ UM PRAZER CONTAR COM O SEU OLHAR POÉTICO PARA ESTE REGISTRO!
TIPO UM "MAKIN-OF" SACA?
BJ BJ
E isso faz toda a diferença na profissão! Você é um bom exemplo de força e coragem. Trabalhos "fáceis" se tornam difíceis e os mais "complexos" saem em uma tacada só. Ser jornalista é também contar com a sorte. Obrigada pelos bons textos.
Um beijo
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