sábado, 27 de agosto de 2011

Durante anos foi educado por filosofias, que talvez não fossem as suas, mas que te ensinaram muito sobre o que és. Nem tudo era verdadade, (ou era, mas nem todas eram aceitas como tal) mas contribuiram para o que achas que sabes do hoje.

A partir de um tempo, um novo mundo se abre e aprende que nem tudo é conforme a educação formal, ou paternal. Recebestes bagagens de todos os lados. A cada momento aprende algo novo, que o faz pensar de forma distinta sobre aquilo que imaginavas ser, sem ser que o realmente é.

Recentemente, uma notícia, profecia, o fez sofrer e, talvez, repensar. Por meio de sentimentos (ou sensações) que até então não conhecia.

Essa bagagem, ou aprendizado, o fez enfrentar de forma racional aquilo que a emoção só permitia pelo coração. Que até então era fácil, pois diretamente (no sentido strictus que isso pode representar) levava para ele de forma leve e aceitável.

Hoje, não sabes nada sobre o amanhã. Sabes apenas, que a vida é cíclica e inevitável aos olhos. Sabes, porém, que as distâncias são apenas físicas. Que tudo é uma questão de tempo.

Ou pelo menos quer acreditar nisso.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

...

Há muito tempo que não dava notícias, mas de repente algo tocou seus pensamentos e resolveu contar um pouco sobre o que aconteceu durante o período em que sumiu sem avisar.

Quer dar sinal de vida, mas não sabe por onde começar...

Sente de uma forma muito mais evidente as consequências das mudanças que a vida lhe reservou.

Muito trabalho, muitos obstáculos e pouco sono (e pouco tempo para tê-lo). Quando encontra por acaso com alguém que fez parte de seu período anterior costuma causar espanto pelas fortes marcas que o tempo tem carimbado em seus traços. Está gordo, o cabelo está caindo, com olheiras e com um ar sempre de quem está demonstrando cansaço.

Tem aprendido muito... principalmente com seus deslizes frequentes.

Nos últimos dias aconteceram uma das coisas que mais esperava no seu planejamento de vida e, talvez, por isso tenha se motivado a fazer contato. Não imaginava que enquanto tantas coisas marcavam-lhe de forma dura o processo de amadurecimento teria uma coisa tão boa assim o esperando.

Está dividido entre a felicidade individual e as tristezas generalizadas a sua volta. Não se sente no direito de gozar de seu momento em respeito a quem merece.

Está muito ansioso por suprir as expectativas, aprender e desempenhar bem seu novo papel na vida. Com isso, está muito concentrado e motivado para fazer certo.

Mesmo estando sempre tão cansado, dormir já não é tão simples. A noite é quando a saudade dos tempos que não voltam mais o estrangulam. Lembra de muita coisa, mas sempre acaba indo parar nos pensamentos que causam preocupações e tudo fica ainda mais díficil.

Sabe que tudo isso dará força e por isso enfrenta com suas armas, confiante na vitória.

Seu amor pela família tem crescido cada dia mais e esse amor o completa e dá força para não desistir e não se entregar em meio a tanta coisa louca. Tem certeza que as coisas boas só aconteceram devido as boas energias, amor e cuidado que seus entes queridos lhe enviam todos os dias, iluminando seus passos.

Sente saudade dos velhos amigos. Daqueles que estão bem longe.

Sente-se individado com eles, mas não consegue entrar em contato. Cansou de cansar seus queridos companheiros com suas preocupações... Na verdade, sabe que a vida está num momento díficil e delicado e não quer ter que ficar explicando muito tudo isso, mesmo sabendo que eles só o fariam o bem.

Hoje descobriu um novo escritor (jornalista, colunista, articulista, reclamão... tanto faz) e sentiu muita saudade das tardes de domingo. Saudades do cara que Desconfia de Tudo! Que desconfiava dele, confiou e se decepcionou.

Tem conhecido muitas coisas novas. Muita gente. Muita energia nova (boas e ruins).

Tem sentido que existe uma semente que está se desenvolvendo em seu coração. Uma busca. Talvez, um destino.

Apesar de todos os erros e tentativas de remediá-los, a cada dia acorda mais maduro. Sua visão sobre as coisas tem se transformado a cada momento, mas isso não assusta mais como antes.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Indicação


Faz tempo que não publico nada de novo por aqui.

Talvez ninguém nem mais entre nesse blog, rs.

Mas hoje resolvi postar uma indicação de um novo blogspot.

Fui convidado pelo meu compadre Carlos Assis a fazer parte de um grupo disposto a propor discussões sobre temas que são expostos quase todos os dias em nossos veículos de comunicação como meros personagens do Showrnalismo praticado em nosso país.
A proposta é tentar dar a atenção devida para determinados acontecimentos (ou futuros aocntecimentos) ou pelo menos não deixá-los esquecidos de alguma forma.
A idéia não é fazer algo novo, outros meios também discutem esses temas, mas é agregar mais um canal disposto a falar, escutar e fazer pensar sobre acontecimentos quase diários em nossa sociedade.

Fica então minha indicação e pedido para que percam alguns minutos de seu tempo acessando e quem sabe participando de algo que interesse.

www.transversais.blogspot.com

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Quer saber o porque?




Porque "pior do que tá não fica".




Absurdo!

sábado, 2 de outubro de 2010

O que me faz escrever hoje?

Na verdade não sei.

Talvez o fato de que hoje foi um dia produtivo. Não no sentido “mais valia” da afirmação. Se bem, que foi. Trabalhei bastante e como diriam meus antigos amigos de cartório: “Fiz três reconhecimentos de firma por autenticidade e isso já paga meu dia”.

Na verdade, acho que o dia valeu a pena porque foi um dia leve.

No trabalho e faculdade, cumpri o “protocolo”.

Depois disso, sentei numa mesa de bar, como de costume em minhas sextas-feiras, e aprendi um pouco de vida.

Há como gosto disso...

Uma boa conversa, com boas pessoas... Aliás, com pessoas boas.
"Decodificar" aquele que, diariamente, está ali ao seu lado e que nunca parou para pensar, mas que seria - com certeza e facilmente - uma boa pauta é muito revelador. O intríseco, o idiossincrático, das pessoas é sempre muito rico.

Na verdade, todos nós somos ilhas e, por isso, todos temos uma boa pauta dentro si.


Porém, não se trata apenas de uma visão "pseudo-jornalistíca" da história. O bom, o edificante e que ensina, é ver com olhos de Amélie Poulain o que cada um tem de simples, honesto e profundo para nos oferecer.

Sou muito grato por esse momento.


Parece que o destino sempre me apresenta pessoas que aparecem em momentos chaves para ensinar algo. Ou, pelo menos, para me fazer pensar sobre algo.

Que me faça escrever, por exemplo. Pois, quando escrevo, penso...

Uns tragos e uns pensamentos.


E gosto assim, com a educação não formal. Aquela que não é fiel a conteúdo programático.

Aquela que me ensina, por essência, simplesmente porque tenho que aprender.


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Hoje, tive uma aula de Economia e Política relacionada às “Políticas Fiscais Restritivas ou Recessivas”, que explicou que os Estados planejam movimentações políticos-econômicas para diminuir a inflação. Basicamente: "como controlar um país economicamente".

Enfim...

Acho que entendi bem a matéria, no entanto, uma coisa martelou... Uma frase, na verdade:
“Sempre podemos produzir mais”.

Tudo bem... Mas o que isso está relacionado ao que escrevo agora?


Pelo o seguinte: partindo para o eu, aprendi – no bar – que exercemos, também, essa “política de produção”. Nunca estamos realizados (ou bem) o suficiente para deixarmos de produzir. Ou seja, é sempre fundamental buscarmos aprender mais para nos desenvolvermos enquanto homens.

Concluindo:

Além de ter entendido a aula de economia, tive – no bar (mais uma vez) – a conclusão de que aprendemos e evoluimos sempre na vida como um todo.

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Agradeço sempre - quando não estou mal o bastante para, egoistamente, esquecer – ao que Ele me proporciona e, por isso também, sei que as dificuldades e noites mal dormidas são como aprendizado para algo maior (ou, para algo que eu planeje).

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Fazia tempo que não escrevia em primeira pessoa.

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Cheguei em casa, acendi um cigarro (esse que está com os dias contados, pois quero parar de fumar e provavelmente – se realmente conseguir parar – mudarei o nome do blog, rs), traguei e pensei.

Resolvi dividir.

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É isso... já escrevei o bastante.

Obrigado pela companhia.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

A Função da Arte

"Diego não conhecia o mar. O pai, Santiago Kovadloff, levou-o para que descobrisse o mar.
Viajaram para o Sul.
Ele, o mar, estava do outro lado das dunas altas, esperando.
Quando o menino e o pai enfim alcançaram aquelas alturas de areia, depois de muito caminhar, o mar estava na frente de seus olhos. E foi tanta a imensidão do mar, e tanto fulgor, que o menino ficou mudo de beleza.
E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai:
- Pai me ajuda a olhar!"
(Eduardo Galeano - extraído do Livro dos abraços)

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Eu tenho um mosquito.

Depois de dias intermináveis, insurpotáveis por natureza:

Crápula!
As roupas... as louças...Desânimo.

Acordando e dormindo metamorfoseado, uma barata kafkiana, apareceu uma companhia chata... que não foi convidado.


É tipo aqueles mosquitinhos de banheiro, sabe?


É a louça, mas não quero levantar da cama. Deixe-me aqui polanskiando. Saia!

Mas não vai embora.

Há... já me acostumei com a presença dele. Faz zig-zag quando está para morrer. Desisto.

Deixa ele.

Amanhã eu pego.

Praticamente um amigo.

É... Eu tenho um mosquito.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Impensado, pensante

Amedronta

Insistente, constante



Inexistência de repouso

Sufocante

Aterroriza, enlouquece

Consome

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Uns tragos e uns pensamentos

A partir de suas idiossincrasias decidiu parar de lamentar, planejar e idealizar uma vida que considerava como a ideal ou que o completaria mais para seguir o caminho dos ventos para conhecer, viver e desmistificar.

Só que dessa vez quer fazer sozinho. Está ansioso...

sábado, 31 de julho de 2010

Com um ar triste e cansada, Verônica pergunta ao seu amigo Sávio:

- Afinal, o que é ser livre? Ter um trabalho e ter independência financeira para pagar as próprias contas é sinônimo de liberdade?

- Você e essas questões não cansam de dançarem juntas, não é mesmo?

- Não ter hora pra ir e voltar, não ter que pedir permissões, não se preocupar em arrumar a cama, lavar as louças, as roupas, ou varrer o chão pois pode-se resolver fazer quando quiser, como se fosse senhor do próprio tempo. Do que adianta tudo isso se ainda existe uma prisão nos pensamentos?

- Essa conquista, a liberdade dentro de cada um, é que pode ser a tal liberdade de que você tanto procura.

- Gostaria de gozar dela ao menos uma vez e tenho buscado isso com todas as minhas forças. Sinto progressos imensuráveis e sinto-me momentaneamente satisfeita por isso. Porém, quero muito mais, quero poder saber onde piso e porque piso. Quero aprender novamente, quero ter novas experiências da minha maneira e ao meu tempo.

- Essa procura não é só sua, sabia? Não fiques tão aflita. Além disso, acho que essa resposta é um dos sentidos de nossa existência. Muita gente pensa como você, outras acham que já a dominam - alguns até que podem ter alcançado - e tem também aqueles que apenas vivem, não se preocupam tanto com essa conquista. Em alguns casos, ela até vem por conta própria. Faça isso. Viva, Verônica. Esqueça um pouco, se prive menos.

Após alguns minutos pensando em silêncio, com a cabeça levemente abaixada e num tom sério, já se virando para sair, ela responde:

- Estou tentando Sávio.