Em um dia chuvoso, andando pelas ruas do Centro, entre aquelas pessoas super apressadas e vendedores ambulantes sempre atentos para "o rapa", cairam na 25 de março.
- Boa tarde, o senhor sabe para qual lado fica o Mercado Municipal?
- Sim, siga em frente e vire a segunda à esquerda.
(...)
Na rua de enfeites natalinos, pensou nas festas que viravam a noite e que, as vezes, acabava tendo que lavar o quintal, pois não tinha sono ou, apenas, para curar a bebedeira.
Logo à frente viu, pela primeira vez - sim, suas visitas nunca tinham dado certo -, o Mercadão e ficou impressionado com sua beleza diante aos outros edíficios ao redor que já estão defasados pelo tempo.
Na rua "K" conheceu o famoso sanduíche de mortadela e enquanto comia olhava ao redor e lembrava de coisas boas. Risadas, conversas, pessoas... Quis que também estivessem ali. Comeria até explodir e conseguiu. O que não era algo tão díficil de acontecer... Teve até espaço para um mousse de chocolate.
A visita o fez voltar no tempo... no tempo que tomava chás gelados com leite no Vale do Anhangabaú; no tempo em que ficava irritadissímo, querendo ir embora rapidamente, na própria 25 de março (que fica próximo ao Mercadão. Se soubesse, ficaria o dia aguardando lá, comendo tudo o que pudesse); lembrou dos natais, dos presentes, da família; de quando a coberta caia sobre seu corpo frio e aquele beijo quentinho na testa de "boa noite, dorme com Deus e com seu anjo da guarda" vinha livrá-lo de qualquer mal.
Lembrou de que, apesar das depressões e pensamentos negativos (e/ou depressiativos), sua vida sempre foi repleta de bençãos e que lembrar-se era o que poderia fazer no presente, pois tudo é cíclico. A vida também é feita de "saudades de tempos que não voltam mais" e que é preciso tentar criar novos momentos inesquecíveis para que ela continue tendo esse valor incomensurável.
(...)
- Obrigado.
- Boa tarde, o senhor sabe para qual lado fica o Mercado Municipal?
- Sim, siga em frente e vire a segunda à esquerda.
(...)
Na rua de enfeites natalinos, pensou nas festas que viravam a noite e que, as vezes, acabava tendo que lavar o quintal, pois não tinha sono ou, apenas, para curar a bebedeira.
Logo à frente viu, pela primeira vez - sim, suas visitas nunca tinham dado certo -, o Mercadão e ficou impressionado com sua beleza diante aos outros edíficios ao redor que já estão defasados pelo tempo.
Na rua "K" conheceu o famoso sanduíche de mortadela e enquanto comia olhava ao redor e lembrava de coisas boas. Risadas, conversas, pessoas... Quis que também estivessem ali. Comeria até explodir e conseguiu. O que não era algo tão díficil de acontecer... Teve até espaço para um mousse de chocolate.
A visita o fez voltar no tempo... no tempo que tomava chás gelados com leite no Vale do Anhangabaú; no tempo em que ficava irritadissímo, querendo ir embora rapidamente, na própria 25 de março (que fica próximo ao Mercadão. Se soubesse, ficaria o dia aguardando lá, comendo tudo o que pudesse); lembrou dos natais, dos presentes, da família; de quando a coberta caia sobre seu corpo frio e aquele beijo quentinho na testa de "boa noite, dorme com Deus e com seu anjo da guarda" vinha livrá-lo de qualquer mal.
Lembrou de que, apesar das depressões e pensamentos negativos (e/ou depressiativos), sua vida sempre foi repleta de bençãos e que lembrar-se era o que poderia fazer no presente, pois tudo é cíclico. A vida também é feita de "saudades de tempos que não voltam mais" e que é preciso tentar criar novos momentos inesquecíveis para que ela continue tendo esse valor incomensurável.
(...)
- Obrigado.
6 comentários:
Quantas contradições não?
Idas e vindas pelo mesmo caminho, vendo cada vez uma cor diferente.
Gosto muito de seus textos.
Beijos
Olá Silvio,
Cheguei ao seu blog através de blogs em comum, ainda bem...
Geralmente os textos sobre saudades (e o próprio sentimento)me deixam triste, esse ao contrário, parece que encheu meu peito de saudades e quando eu achei que, como sempre, iria começar a chorar, você finaliza de uma forma tão doce...
SENTI o seu texto!!! Morri de saudades e estufei o peito cheio de esperanças de um futuro também saudoso (ai que antítese).
Mas tenho uma confissão: apesar de achar que temos sim de criar novos momentos saudosos, tenho uma dificuldade pra me desprender das saudades já existentes,rs. E você?
Parabéns, gostei da tua forma de escrever.
Nossa, esse meu final de semana está sendo de provas incriveis.
Passei o sábado e domingo inteiro tentando arrumar meu quarto (é, tentando... Não consegui terminar. Fiz uma super limpeza e por isso demorou tanto, rs) e nas bagunças eu reencontrei milhares de "lembranças" boas e ruins. Até sonhei com um embaralhado de coisas... infância, colégio, ex-trabalhos, amigos etc... Li algumas coisas que me fizeram chorar de saudade.
Agora você, anônima (podia ter assinado o comentário, não é?), chega e faz essa pergunta. Eu tenho uma enorme dificuldade em me desprender de saudades já existentes, acredito que isso seja até impossível. Acho que elas são válidas e que temos que construir novas sem nunca pensar em substituí-las ou esquecê-las. Isso é impossível. Cada saudade é única e não abro mão das minhas, que nunca estiveram tão evidentes nos meus pensamentos como nessas últimas 48 horas.
Muito obrigado pela visita e por ter gostado do texto. Volte mais vezes e por favor identifique-se, rs.
Até...
Lindo texto...Cativante.
Bjos
Bonitinho.
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