Desceu do ônibus olhando seu relógio no pulso esquerdo - com a mão direita segurava um livro de capa branca e amarela -, já passava da meia noite. Atravessou a avenida e seguiu equilibrando-se no meio fio para não ter que andar na via ou na poça de barro que a recente chuva formara na calçada, em forma de armadilha para seu tênis relativamente novo.
Dobrou à direita e a sua frente apenas as luzes amareladas da rua, em declive, o acompanhavam. Virou à direita novamente, com sofreguidão e apreensivo apertou os passos discretamente. Queria chegar logo em casa. De repente, ouviu o motor da moto se aproximando: sabia que não deveria estar aquela hora na rua. Quando o som já se fazia praticamente ao seu lado, notou que o motorista reduziu a potência do motor para emparelhar a motocicleta. Ouviu-se um único disparo, seco.
Não quiseram acertar-lhe pelas costas, atiraram a queima-roupa na região do peito. Foi muito rápido, não teve tempo de fechar os olhos, caiu para trás com eles abertos e só conseguiu pensar em olhar para o céu. Naquela noite quente, ela estava lá, e chorava com a cena: a lua.
Começou a chover fino, e antes que perdesse totalmente os sentidos, viu um rato atravessar a rua correndo, enquanto a moto se perdia na escuridão que nem ela poderia voltar a iluminar.
Dobrou à direita e a sua frente apenas as luzes amareladas da rua, em declive, o acompanhavam. Virou à direita novamente, com sofreguidão e apreensivo apertou os passos discretamente. Queria chegar logo em casa. De repente, ouviu o motor da moto se aproximando: sabia que não deveria estar aquela hora na rua. Quando o som já se fazia praticamente ao seu lado, notou que o motorista reduziu a potência do motor para emparelhar a motocicleta. Ouviu-se um único disparo, seco.
Não quiseram acertar-lhe pelas costas, atiraram a queima-roupa na região do peito. Foi muito rápido, não teve tempo de fechar os olhos, caiu para trás com eles abertos e só conseguiu pensar em olhar para o céu. Naquela noite quente, ela estava lá, e chorava com a cena: a lua.
Começou a chover fino, e antes que perdesse totalmente os sentidos, viu um rato atravessar a rua correndo, enquanto a moto se perdia na escuridão que nem ela poderia voltar a iluminar.
4 comentários:
Triste, mas de uma narrativa impecável.
Às vezes o mundo de tudo me dá medo.
Beijos
cara, voce é foda e sabe disso. grande futuro!!
saudades, seu farsante!
hooo mano, vc sabe q é bom. abandonei o blog por falta de tempo. TCC é foda, mano. E as botas, cara... mtas... o importante é tentar.
Mas aê: ainda não apresentei. A banca será no dia 14/12, às 20h20, no auditório da Unisa. Vê se vai, que depois a gente vai bebemorar também! Se for, vai gostar.
abraaas
Como você escreve bem!!! E os detalhes, és mestre nos detalhes!!
Adorei.
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